Nova modalidade tornará possível pagar contas recorrentes de forma automática
A partir de abril de 2024 será possível pagar contas de forma automática pelo Pix, tais como de energia, de água, telefone, seguros, condomínios, escolas, academias, serviços de streamings e de clubes por assinatura. A novidade foi anunciada na última quarta-feira pelo BC (Banco Central).
“Viabilizar pagamentos recorrentes no Pix é fundamental para democratizar o acesso a esse tipo de pagamento para empresas de todos os tipos e portes, como usuários recebedores, e para as pessoas em geral, como usuários pagadores, oferecendo comodidade para ambos os lados”, disse Carlos Eduardo Brandt, coordenador do Fórum Pix.
“Além disso, ampliar o uso do Pix para esse caso de uso também trará mais competitividade ao setor, uma vez que o modelo é aberto e poderá ser ofertado para as empresas por qualquer instituição participante do Pix, sejam grandes bancos, bancos digitais, cooperativas, fintechs, iniciadores, entre outros”, acrescentou.
Para que seja efetivada a transferência, o usuário terá de autorizar previamente. Depois, disso, o BC garante que os pagamentos serão feitos sem necessidade de o cliente autenticar outras vezes que quiser realizar os pagamentos, automaticamente. A autorização será permitida tanto pelo aplicativo do banco quanto por QR Code ou Pix Copia e Cola. O cancelamento da autorização pode ser feito a qualquer momento.
Segundo a instituição, a nova modalidade será disponibilizada para empresas de qualquer setor ou tamanho, e deve aumentar o leque de alternativas disponíveis. Atualmente, o “débito automático, por exemplo, depende de convênios bilaterais com múltiplas instituições, gerando complexidade operacional e custos elevados, o que restringe o serviço a grandes empresas, geralmente prestadoras de serviços públicos. Por outro lado, os pagamentos recorrentes no cartão de crédito não são acessíveis a parte relevante da população”, informa trecho da ota no portal do BC.
Ainda conforme o comunicado, Assim como o Pix tradicional, a nova modalidade será gratuita para o pagador e poderá ser tarifada no recebimento pelas empresas. “O usuário pagador terá à sua disposição uma série de funcionalidades para gerir os pagamentos recorrentes como, por exemplo, estabelecer um limite máximo do valor da parcela a ser debitada, podendo cancelar a qualquer momento a autorização”, conclui a nota.
